domingo, 29 de maio de 2011

10 Razões Que Desautorizam o Domingo Como Dia de Guarda


10 Razões Que Desautorizam o Domingo Como Dia de Guarda

(1) Nenhuma Ordem de Cristo ou dos Apóstolos.

Não há mandamento de Cristo ou dos apóstolos concernente a uma celebração semanal ou anual da ressurreição de Cristo. Temos as ordens no Novo Testamento que dizem respeito ao batismo (Mat. 28:19-20), à Ceia do Senhor (Mar. 14:24-25; 1 Cor. 11:23-26) e lavapés (João 13:14-15), mas não há ordenança ou mesmo qualquer sugestão para celebrar a Ressurreição de Cristo num domingo semanal ou num domingo de Páscoa anual.

Mat. 28:19-20
19 “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”

Mar. 14:24-25
24 “E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do pacto, que por muitos é derramado.
25 Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da videira, até aquele dia em que o beber, novo, no reino de Deus.”

1 Cor. 11:23-26
23 “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão;
24 e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim.
25 Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.
26 Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha.”

João 13:14-15
14 “Ora, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros.
15 Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.”

Sendo que o domingo seria uma “novidade”, um novo princípio de adoração, sobretudo ao substituir uma tradição tão arraigada na cultura nacional e religiosa dos judeus, como o sábado, sem dúvida qualquer alteração nesse sentido daria margem a comentários, explicações, instruções específicas justificando a alteração, sobretudo quando os primeiros conversos à religião cristã eram originários do judaísmo e“zelosos da lei” (Atos 21:20). Nada, porém, consta das páginas neotestamentárias a respeito de tal mudança ou de debates a respeito.

Atos 21:20
20 “Ouvindo eles isto, glorificaram a Deus, e disseram-lhe: Bem vês, irmãos, quantos milhares há entre os judeus que têm crido, e todos são zelosos da lei.”

O sábado permaneceu válido e vigente como todos os demais mandamentos do Decálogo após a cruz. Prova disso é o testemunho de Lucas, escrevendo 30 anos após o evento da Ressurreição, que descreve a ação das santas mulheres seguidoras de Cristo preparando ungüentos e especiarias para embalsamar o Seu corpo. Elas trabalharam ativamente nisso até que, ao aproximarem-se as horas do sábado, cessaram suas atividades e “no sábado descansaram segundo o mandamento”(Luc. 23:56).

Luc. 23:56
56 “Então voltaram e prepararam especiarias e ungüentos. E no sábado repousaram, conforme o mandamento.”

Para Lucas, portanto, que declara ter buscado informar-se pormenorizadamente de tudo quanto se relacionava com a experiência do Cristo (Luc. 1:1-4), o dia de repouso “segundo o mandamento” era o sábado. Ele se refere ao domingo simplesmente como “o primeiro dia da semana”, sem atribuir-lhe nenhum título especial (ver Luc. 24:1).

Luc. 1:1-4
1 “Visto que muitos têm empreendido fazer uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram,
2 segundo no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra,
3 também a mim, depois de haver investido tudo cuidadosamente desde o começo, pareceu-me bem, ó excelentíssimo Teófilo, escrever-te uma narração em ordem.
4 para que conheças plenamente a verdade das coisas em que foste instruído.”

Luc. 24:1
1 “Mas já no primeiro dia da semana, bem de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado”

O mesmo Lucas relata nos Atos dos Apóstolos como nas decisões do Concílio de Jerusalém de Atos 15, ao ser tratado o problema dos judaizantes, não se traça nenhuma norma contra a observância do sábado (Atos 15:20), uma demonstração de que tal instrução se fazia desnecessária. Todos o observavam regularmente e não havia necessidade de dar instruções a respeito. Paulo num sábado, quando não havia sinagoga em certa localidade, foi para junto de um rio cultuar a Deus (Atos 16:13).Em Corinto passou um ano e meio pregando todos os sábados e jamais se lembrou de dizer aos que ali se reuniam para mudaram o dia de culto para odomingo (Atos 18:1-4, 11).

Atos 15:20
20 “mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue.”

Atos 16:13
13 “No sábado saímos portas afora para a beira do rio, onde julgávamos haver um lugar de oração e, sentados, falávamos às mulheres ali reunidas.”

Atos 18:1-4, 11
1 “Depois disto Paulo partiu de Atenas e chegou a Corinto.
2 E encontrando um judeu por nome Áqüila, natural do Ponto, que pouco antes viera da Itália, e Priscila, sua mulher (porque Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma), foi ter com eles,
3 e, por ser do mesmo ofício, com eles morava, e juntos trabalhavam; pois eram, por ofício, fabricantes de tendas.
4 Ele discutia todos os sábados na sinagoga, e persuadia a judeus e gregos.
11 E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus.”

(2) Jesus Não Fez Qualquer Tentativa de Instituir um Memorial de Sua Ressurreição.

Se Jesus desejasse que o dia de Sua ressurreição se tornasse um dia memorial e de culto, Ele teria Se aproveitado daquele evento para estabelecer tal memorial. É importante observar que as instituições divinas como o sábado, batismo, Santa Ceia, todas remontam sua origem a um ato divino que os estabeleceu. Sobre o dia de Sua ressurreição, contudo, Cristo não realizou qualquer ato para instituir um memorial relativo ao excepcional evento.

Pensando bem, tanto a Ressurreição como a Morte de Cristo são eventos igualmente importantes, fundamentais para a fé cristã. Ambos poderiam merecer um dia especial comemorativo. Se a Ressurreição devesse ser celebrada regularmente num dia especial dada a sua importância, por que não a morte do Salvador? Então, temos dois acontecimentos exponenciais para o cristão—a morte e a ressurreição de Cristo. Qual mereceria um dia memorial? Possivelmente ambos, mas as Escrituras não estabelecem isto, nada fica implícito que houve alteração no texto da lei divina por causa de qualquer desses eventos.

Se Jesus desejasse memorializar o dia de Sua ressurreição, muito provavelmente teria dito às mulheres e discípulos naquele dia: “vinde à parte e celebremos Minha Ressurreição!” Em vez disso Ele disse às mulheres: “Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia” (Mat. 28:10) e aos discípulos: “Ide . . . fazei discípulos . . . batizando-os” (Mat. 28:19).

Mat. 28:10
10 “Então lhes disse Jesus: Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão para a Galiléia; ali me verão.”

Mat. 28:19
19 “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;”

Nenhuma dessas declarações do Salvador ressurreto revela intenção de memorializar Sua Ressurreição por tornar o domingo o novo dia de descanso e culto para a comunidade cristã.

A razão é que nosso Salvador desejava que Seus seguidores vissem o evento como uma realidade existencial a ser experimentada diariamente pelo viver vitorioso mediante o poder de Sua ressurreição, antes que por um celebração litúrgico/religiosa a ser realizada no domingo. Paulo expressa a esperança de “conhecê-lo e o poder de Sua ressurreição” (Fil. 3:10), mas nunca menciona o seu desejo de celebrar aRessurreição no domingo semanal ou no domingo de Páscoa.

Fil. 3:10
10 “sim, rogo-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões;”

(3) O Domingo Nunca é Chamado de “Dia da Ressurreição”.

O domingo nunca é chamado no Novo Testamento de “Dia da Ressurreição”. É repetidamente designado de “primeiro dia da semana”. As referências ao domingo como dia da ressurreição aparecem inicialmente na primeira parte do quarto século, especificamente nos escritos de Eusébio da Cesaréia. Por esse tempo o domingo havia se tornado associado com a Ressurreição e conseqüentemente foi referido como “Dia da Ressurreição”. Mas este fato histórico ocorreu vários séculos após o começo do cristianismo.

(4) O Domingo-Ressurreição Pressupõe Trabalho, Não Repouso ou Adoração.

O domingo-Ressurreição pressupõe trabalho, antes que descanso e culto, porque não assinala o término do ministério terreno de Cristo, que findou numa sexta-feira à tarde quando o Salvador declarou: “Está consumado” (João 19:30), e daí descansou na tumba segundo o mandamento.

Em vez disso, a Ressurreição assinala o início do novo ministério intercessório de Cristo (Atos 1:8; 2:33), o qual, à semelhança do primeiro dia da criação, pressupõe trabalho, e não descanso.

João 19:30
30 “Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.”

Atos 1:8
8 “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra.”

Atos 2:33
33 “De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.”

(5) A Ceia do Senhor Não Foi Celebrada no Domingo em Honra da Ressurreição.

Historicamente sabemos que os cristãos não podiam celebrar a Ceia do Senhor numa base regular aos domingos à noite porque tais reuniões eram proibidas pela lei romana da hetariae—uma lei que proibia todos os tipos de refeições comunitárias à noite. O governo romano temia que tais reuniões noturnas se tornassem ocasiões para tramas políticas.

A fim de evitar as batidas da polícia romana, os cristãos alteravam regularmente o tempo e lugar da celebração da Ceia do Senhor. Finalmente, mudaram o serviço sagrado da noite para a manhã. Isso explica por que Paulo é tão específico quanto ao modo de celebrar a Santa Ceia, mas vago quanto à questão do tempo da assembléia. Notem que quatro vezes ele repete a mesma frase: “Quando vos reunis” (1 Cor. 11:18, 20, 33, 34). Esta linguagem deixa implícito tempo indefinido, mais provavelmente porque não havia um dia instituído para a celebração da Santa Ceia.

1 Cor. 11:18, 20, 33, 34
18 “Porque, antes de tudo, ouço que quando vos ajuntais na igreja há entre vós dissensões; e em parte o creio.
20 De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor;
Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros.
34 Se algum tiver fome, coma em casa, a fim de que não vos reunais para condenação vossa. E as demais coisas eu as ordenarei quando for.”

Se, como alguns eruditos pretendem, a Ceia do Senhor era celebrada no domingo à noite, como parte do culto do Dia do Senhor, Paulo não teria deixado de mencionar o caráter sagrado do tempo em que se reuniam. Isso teria fortalecido o seu apelo para uma atitude de mais reverência durante a participação na Ceia do Senhor. A falha de Paulo em mencionar o “domingo” como o tempo da reunião ou o uso do adjetivo “do Senhor-kuriakê” para caracterizar o dia como “dia do Senhor” (como ele fez com referência à Ceia do Senhor), demonstra que o apóstolo não atribuía qualquer significação religiosa ao domingo.

(6) A Ceia do Senhor Comemora o Sacrifício de Cristo, Não Sua Ressurreição.

Muitos cristãos hoje consideram a Santa Ceia como o centro de seu culto dominical em honra à Ressurreição. Mas na igreja apostólica, a Santa Ceia não era celebrada no domingo, como acabamos de ver, e não se relacionava com a Ressurreição. Paulo, por exemplo, que alega transmitir o que “recebeu do Senhor” (1 Cor. 11:23), explicitamente declara que o rito comemorava, não a ressurreição de Cristo, mas Seu sacrifício e Segunda Vinda (“anunciais a morte do Senhor até que Ele venha”—1 Cor. 11:26).

1 Cor. 11:23
23 “23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído,
tomou pão;”

1 Cor. 11:26
26 “Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha.”

Semelhantemente, a Páscoa, celebrada por muitos cristãos no Domingo de Páscoa, era observada durante os tempos apostólicos, não no domingo para comemorar a Ressurreição, mas segundo a data bíblica de 14 de Nisã, primariamente como um memorial do sofrimento e morte de Cristo.

Ao contrário do que muita gente pensa, o Domingo de Páscoa era desconhecido da igreja apostólica. Foi introduzido e promovido pela Igreja de Roma no segundo século a fim de mostrar separação e diferenciação da Páscoa judaica. O resultado foi a bem-conhecida controvérsia sobre a data da Páscoa que finalmente levou o bispo Vítor de Roma a excomungar os cristãos asiáticos (cerca de 191 AD) por recusarem adotar o Domingo de Páscoa. Essas indicações mostram que a ressurreição de Cristo no primeiro dia da semana não influenciou a igreja apostólica a adotar o domingo semanal e a Páscoa anual para celebrar tal evento.

(7) A Ressurreição Não é a Razão Dominante Para a Observância do Domingo nos Documentos Mais Antigos

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As mais antigas referências explícitas à observância do domingo se encontram nos escritos de Barnabé (cerca de 135 AD ) e Justino Mártir (cerca de 150 AD). Ambos esses autores de fato mencionam a Ressurreição, mas somente como a segunda de duas razões, importante, porém não predominante. A primeira motivação teológica de Barnabé para a guarda do domingo é escatológica, ou seja, o fato de que o domingo é o “oitavo dia” e representaria “o início de outro mundo”.

A noção de que o domingo era o “oitavo dia” foi mais tarde abandonada porque não faz sentido falar em “oitavo dia” numa semana de sete dias. A primeira razão de Justino para a assembléia dos cristãos no Dies Solis—o dia do Sol, é a inauguração da Criação: “Domingo é o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas em matéria-prima, criou o mundo”.

Essas razões foram finalmente abandonadas em favor da Ressurreição que se tornou a razão primária para a observância do domingo.

(8) Nada Indica que no Estabelecimento do Novo Concerto Houve Alteração Nos Termos do Mandamento do Dia de Repouso Bíblico.

Nada é dito de que na escrita da lei divina nos corações e mentes dos que aceitam os termos do Novo Concerto (Novo Testamento) dá-se alguma alteração nos termos dessa lei no sentido de que o domingo toma o lugar do sábado (Heb. 8:6-10). Sendo que esta passagem é uma reprodução de Jeremias 31:31-33, quando a promessa de um novo concerto foi feita primeiramente a Israel, em função do cativeiro que defrontava em vista de seu pecado (e uma das razões da punição era exatamente a negligência quanto ao mandamento do sábado—ver Jer. 17:19-27), entende-se que as “Minhas leis” [de Deus] referidas em Hebreus mantêm-se as mesmas, logicamente no que tange a seus aspectos não-prefigurativos.

Heb. 8:6-10
6 “Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor pacto, o qual está firmado sobre melhores promessas.
7 Pois, se aquele primeiro fora sem defeito, nunca se teria buscado lugar para o segundo.
8 Porque repreendendo-os, diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá um novo pacto.
9 Não segundo o pacto que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; pois não permaneceram naquele meu pacto, e eu para eles não atentei, diz o Senhor.
10 Ora, este é o pacto que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo;”

Jeremias 31:31-33
31 “Eis que os dias vêm, diz o Senhor, em que farei um pacto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá,
32 não conforme o pacto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, esse meu pacto que eles invalidaram, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor.
33 Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.”

Jer. 17:19-27
“Assim me disse o Senhor: Vai, e põe-te na porta de Benjamim, pela qual entram os reis de Judá, e pela qual saem, como também em todas as portas de Jerusalém.
20 E dize-lhes: Ouvi a palavra do Senhor, vós, reis de Judá e todo o Judá, e todos os moradores de Jerusalém, que entrais por estas portas;
21 assim diz o Senhor: Guardai-vos a vós mesmos, e não tragais cargas no dia de sábado, nem as introduzais pelas portas de Jerusalém;
22 nem tireis cargas de vossas casas no dia de sábado, nem façais trabalho algum; antes santificai o dia de sábado, como eu ordenei a vossos pais.
23 Mas eles não escutaram, nem inclinaram os seus ouvidos; antes endureceram a sua cerviz, para não ouvirem, e para não receberem instrução.
24 Mas se vós diligentemente me ouvirdes, diz o Senhor, não introduzindo cargas pelas portas desta cidade no dia de sábado, e santificardes o dia de sábado, não fazendo nele trabalho algum,
25 então entrarão pelas portas desta cidade reis e príncipes, que se assentem sobre o trono de Davi, andando em carros e montados em cavalos, eles e seus príncipes, os homens de Judá, e os moradores de Jerusalém; e esta cidade será para sempre habitada.
26 E virão das cidades de Judá, e dos arredores de Jerusalém, e da terra de Benjamim, e da planície, e da região montanhosa, e do e sul, trazendo à casa do Senhor holocaustos, e sacrifícios, e ofertas de cereais, e incenso, trazendo também sacrifícios de ação de graças.
27 Mas, se não me ouvirdes, para santificardes o dia de sábado, e para não trazerdes carga alguma, quando entrardes pelas portas de Jerusalém no dia de sábado, então acenderei fogo nas suas portas, o qual consumirá os palácios de Jerusalém, e não se apagará.”

A parte cerimonial dessa lei cessou na cruz, e os leitores primários da epístola aos hebreus (os cristãos judeus) sabiam disso, pois quando tal epístola foi por eles recebida já sabiam que o véu do Templo se rasgara de alto a baixo, findando o cerimonial que apontava a Cristo e Seu sacrifício.

E, se pairassem ainda dúvidas a respeito, o próprio teor da epístola resolveria o problema, pois seus capítulos 7-10 definem exatamente o fim dessas cerimônias, enquanto ressaltam que a lei divina é escrita nos corações dos verdadeiros filhos de Deus—em seus aspectos morais e outras normas de caráter ético, higiênico, etc., sem mais as cerimônias prefigurativas (ver também Efé. 2:15).

Efé. 2:15
15 “isto é, a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para criar, em si mesmo, dos dois um novo homem, assim fazendo a paz,”

(9) A Igreja Católica Apresenta-se Como Autora da Mudança do Dia de Repouso do Sábado Para o Domingo.

Documentos vários da Igreja Católica dão conta de que foi ela que realizou tal alteração, como se pode exemplificar por algumas declarações oficiais dessa igreja, como consta abaixo:

“Foi a Igreja Católica que, pela autoridade de Jesus Cristo, transferiu este repouso para o domingo em lembrança da ressurreição de nosso Senhor. Assim, a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, malgrado seu, à autoridade da Igreja [Católica]”.—Louis Gaston de Ségur, Plain Talk About the Protestantism of To-day [Conversa Franca Sobre o Protestantismo de Hoje] (Boston; Patrick Donahoe, 1868), p. 225.

Também outro documento católico confirma isto:

“P. Como provamos que a Igreja tem poder de ordenar as Festas e Dias Santos?
“R. Pelo ato mesmo de mudar o sábado para o domingo, que é admitido pelos protestantes, e, portanto, contradizem-se por observarem tão estritamente o domingo, enquanto violam a maioria das outras festas ordenadas pela mesma igreja.

“P. Como se prova isto?

“R. Porque por observarem o domingo reconhecem o poder da Igreja para ordenar festas e exigi-las sob pena de transgressão, e por não observarem as demais, igualmente por ela ordenadas, negam de fato o mesmo poder”.Manual of Christian Doctrine [Manual da Doutrina Cristã], ou Catholic Belief and Practice [Crença e Prática Católicas] (Dublin: M. H. Gill & Son Ltd., 1916) pp. 67, 68.

(10) O Sábado Será Restaurado na Nova Terra Quando o Pecado For Eliminado do Universo.

Se tivesse havido alteração nos termos do dia de repouso divino, isso se refletiria em profecias do mundo futuro, quando o profeta declara que “nos novos céus e a nova terra” todos os moradores virão “adorar perante mim diz o Senhor” no dia de sábado. A profecia de Isaías diz respeito especificamente ao regime da Nova Terra, como indica o contexto.

Quando não houver mais pecado e pecadores, nesse novo ambiente “em que habita a justiça” (2 Ped. 3:13) TODOS os mandamentos da lei divina serão respeitados, e sendo que “o sábado foi feito por causa do homem” (Mar. 2:27), prosseguirá no regime santo da Nova Terra, não o domingo, o que seria de se esperar caso tivesse havido tal mudança.

2 Ped. 3:13
13 “Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça.”

A bem conceituada versão francesa de Louis de Segond assim verte a passagem:“. . . à chaque sabbat, toute chair viendra se prosterner devant moi, dit l‘Éternel” [a cada sábado toda carne virá se prostrar perante mim, diz o Eterno]. Isso também é comunicado pela nossa Bíblia na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil: “. . . em todos os sábados pessoas de todas as nações virão me adorar no Templo”.

CONCLUSÃO:

As 10 razões dadas acima são suficientes para desacreditar a alegação de que aressurreição de Cristo no primeiro dia da semana causou o abandono do sábado e a adoção do domingo. A verdade é que inicialmente a Ressurreição era celebrada existencialmente, antes que liturgicamente, ou seja, por uma maneira vitoriosa de vida, não mediante um dia especial de adoração.
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Obs.: Este artigo é uma adaptação do texto “Sete Principais Razões Que Desautorizam a Observância Dominical”, do Dr. Samuele Bacchiocchi, com adição pelo Prof. Azenilto G. Brito de mais três razões e vários parágrafos adicionais às 7 razões apresentadas no texto original.

Os 10 Piores Alimentos de Todos os Tempos

Os 10 Piores Alimentos de Todos os Tempos

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Que atire a primeira pedra quem não se rende a um fast food, salgadinho ou cachorro-quente e depois fica preocupado com as calorias que ingeriu. Mas o que pouca gente sabe é que os perigos desses alimentos vão muito além da questão estética e podem ser um risco para a saúde. Para esclarecer esses problemas, a nutricionista Michelle Schoffro Cook listou os dez piores alimentos de todos os tempos.

10º lugar: Sorvete
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Apesar de existirem versões mais saudáveis que os tradicionais sorvetes industrializados, a nutricionista adverte que esse alimento geralmente possui altos níveis de açúcar e gorduras trans, além de corantes e saborizantes artificiais, muitos dos quais possuem neurotoxinas – substâncias químicas que podem causar danos no cérebro e no sistema nervoso.

9º lugar: Salgadinho de milho
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De acordo com Michelle, desde o surgimento dos alimentos transgênicos a maior parte do milho que comemos é um “Frankenfood”, ou “comida Frankenstein”. Ela aponta que esse alimento por causar flutuação dos níveis de açúcar no sangue, levando a mudanças no humor, ganho de peso, irritabilidade, entre outros sintomas. Além disso, a maior parte desses salgadinhos é frita em óleo, que vira ranço e está ligado a processos inflamatórios.

8º lugar: Pizza
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Michelle destaca que nem todas as pizzas são ruins para a saúde, mas a maioria das que são vendidas congeladas em supermercados está cheia de condicionadores de massa artificiais e conservantes. Feitas farinha branca, essas pizzas são absorvidas pelo organismo e transformadas em açúcar puro, causando aumento de peso e desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue.

7º lugar: Batata frita
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Batatas fritas contêm não apenas gorduras trans, que já foram relacionadas a uma longa lista de doenças, como também uma das mais potentes substâncias cancerígenas presentes em alimentos: a acrilamida, que é formada quando batatas brancas são aquecidas em altas temperaturas. Além disso, a maioria dos óleos utilizados para fritar as batatas se torna rançosa na presença do oxigênio ou em altas temperaturas, gerando alimentos que podem causar inflamações no corpo e agravar problemas cardíacos, câncer e artrite.

6 lugar: Salgadinhos de batata
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Além de causarem todos os danos das batatas fritas comuns e não trazerem nenhum benefício nutricional, esses salgadinhos contêm níveis mais altos de acrilamida, que também é cancerígena.

5º lugar: Bacon
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Segundo a nutricionista, o consumo diário de carnes processadas, como bacon, pode aumentar o risco de doenças cardíacas em 42% e de diabetes em 19%. Um estudo da Universidade de Columbia descobriu ainda que comer 14 porções de bacon por mês pode danificar a função pulmonar e aumentar o risco de doenças ligadas ao órgão.

4º lugar: Cachorro-quente
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Michelle cita um estudo da Universidade do Havaí, que mostrou que o consumo de cachorros-quentes e outras carnes processadas pode aumentar o risco de câncer de pâncreas em 67%. Um ingrediente encontrado tanto no cachorro-quente quanto no bacon é o nitrito de sódio, uma substância cancerígena relacionada a doenças como leucemia em crianças e tumores cerebrais em bebes. Outros estudos apontam que a substância pode desencadear câncer colorretal.

3º lugar: Donuts (Rosquinhas)
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Entre 35% e 40% da composição dos donuts é de gorduras trans, “o pior tipo de gordura que você pode ingerir”, alerta a nutricionista. Essa substância está relacionada a doenças cardíacas e cerebrais, além de câncer. Para completar, esses alimentos são repletos de açúcar, condicionadores de massa artificiais e aditivos alimentares, e contém, em média, 300 calorias cada.

2º lugar: Refrigerante
refri.jpg
Michelle conta que, de acordo com uma pesquisa do Dr. Joseph Mercola, “uma lata de refrigerante possui em média 10 colheres de chá de açúcar, 150 calorias, entre 30 e 55 mg de cafeína, além de estar repleta de corantes artificiais e sulfitos”. “Somente isso já deveria fazer você repensar seu consumo de refrigerantes”, diz a nutricionista.
Além disso, essa bebida é extremamente ácida, sendo necessários 30 copos de água para neutralizar essa acidez, que pode ser muito perigosa para os rins. Para completar, ela informa que os ossos funcionam como uma reserva de minerais, como o cálcio, que são despejados no sangue para ajudar a neutralizar a acidez causada pelo refrigerante, enfraquecendo os ossos e podendo levar a doenças como osteoporose, obesidade, cáries e doenças cardíacas.

1º lugar: Refrigerante Diet
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“Refrigerante Diet é a minha escolha para o Pior Alimento de Todos os Tempos”, diz Michelle. Segundo a nutricionista, além de possuir todos os problemas dos refrigerantes tradicionais, as versões diet contêm aspartame, que agora é chamado de AminoSweet. De acordo com uma pesquisa de Lynne Melcombe, essa substância está relacionada a uma lista de doenças, como ataques de ansiedade, compulsão alimentar e por açúcar, defeitos de nascimento, cegueira, tumores cerebrais, dor torácica, depressão, tonturas, epilepsia, fadiga, dores de cabeça e enxaquecas, perda auditiva, palpitações cardíacas, hiperatividade, insônia, dor nas articulações, dificuldade de aprendizagem, TPM, cãibras musculares, problemas reprodutivos e até mesmo a morte.
“Os efeitos do aspartame podem ser confundidos com a doença de Alzheimer, síndrome de fadiga crônica, epilepsia, vírus de Epstein-Barr, doença de Huntington, hipotireoidismo, doença de Lou Gehrig, síndrome de Lyme, doença de Ménière, esclerose múltipla, e pós-pólio. É por isso que eu dou ao Refrigerante Diet o prêmio de Pior Alimento de Todos os Tempos”, conclui.

Boa reflexão e boa escolha...

O Homem morto mas continua vivo


O HOMEM MORTO, MAS CONTINUA VIVO

Exposição de Rom. 6.

O apóstolo Paulo concluiu Rom. 5, em um grande e maravilhoso clímax. Ele terminou praticamente o assunto da Justificação pela Fé. Ele poderia ter colocado um ponto final, porque este foi o grande capítulo climático, onde ele encerrava o assunto.

Mas o apóstolo Paulo é um verdadeiro pastor. E ele não está muito interessado em literatura. Ele é muito mais um pastor do que um literato. Portanto, ele está agora interessado em responder a duas objeções que se levantam nesse mesmo texto. Ele não nos deixa aqui porque podem surgir algumas objeções, após a sua exclamação climática. E as objeções são estas que passaremos a estudar.

No capítulo 6:1 agora ele faz um pergunta: "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?" Esta era a objeção dos seus opositores que ridicularizavam a doutrina da Justificação ensinada por Paulo. Eles realmente estavam insinuando que Paulo ensinava a livre graça de Deus estimulando ao pecado. Observe a sutileza da objeção. Eles diziam: "Vamos viver no pecado para que a graça possa vir mais abundante!"

Donde é que se originou esta objeção? Justamente do grande clímax, de Rom. 5:20: "Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado superabundou a graça." Há aqui uma objeção sobre a lei que ele vai tratar no capítulo 7, e há uma objeção sobre a graça que ele tratará agora no capítulo 6.

Os judeus oponentes diziam: "Muito bem, Paulo, a graça é tão maravilhosa assim que quando nós pecamos, por mais enorme que seja a nossa culpa e o nosso pecado, a graça é ainda maior. De modo que nós devemos pecar, continuar no pecado, e permanecer no pecado, e pecar mais e mais para que a graça seja mais abundante. Se a graça de Deus se mostra abundante para com o pecador, vamos ser mais pecadores ainda para que Sua graça seja superabundante."

Paulo responde de uma maneira enfática: Verso 2: "De modo nenhum!" – tal não aconteça! Isto é um sofisma ardilosamente composto! "Como viveremos no pecado, nós os que para ele morremos?" Isso é impossível, vocês estão completamente errados, vocês estão torcendo tudo. Como é possível ainda viver no pecado nós que para o pecado morremos? Vocês estão ensinando exatamente o oposto daquilo que era o propósito da graça de Deus: a graça veio não para que continuássemos no pecado, mas para que nós fôssemos salvos, completamente libertos do pecado. Portanto, isso é impossível! É muito estranho vocês imaginarem uma coisa semelhante – viver no pecado – uma vez que nós já morremos para ele. Isto é uma calúnia contra a doutrina da graça!

Aqui temos a sua proposição: "Como viver ainda no pecado nós os que para ele morremos?" Ou seja: O cristão é um homem que morreu, mas está vivo. E então ele passa agora a apresentar as provas. Mas antes de apresentá-las, eu devo saber o que é que ele está querendo provar.

I – MORRER PARA O PECADO

Consideremos alguns pontos negativos do que isso não significa.

1) Morrer para o pecado não significa aqui renunciar ao pecado. É verdade que nós temos que renunciar ao pecado, abandonar o pecado. Quando nós cremos em Jesus como Salvador nós renunciamos, deixamos, abandonamos o pecado. Mas isso não é o que o apóstolo Paulo está dizendo aqui.

2) Em 2º lugar: Isso não é um processo. Alguns dizem que isso significa que nós precisamos morrer dia a dia para o pecado num processo de santificação diária. Mas morrer para o pecado nesse texto não é um processo. Naturalmente, é verdade que a santificação é diária. Mas ele não está falando sobre a santificação aqui.

E alguns teólogos, que mantém esta posição, dividem a epístola aos Romanos da seguinte maneira: 1-5: Justificação; 6-7: Santificação; 8: Glorificação. Esta é uma maneira errônea de dividir a presente epístola porque esta sistematização, que nos parece atraente, conduz a algumas coisas que o apóstolo não disse. Paulo não diz isso nesses capítulos. Ele ainda está falando de justificação, não de santificação. E ele passa a provar isso. Ele não se refere a um processo aqui.

3) Em 3º lugar: Isso não significa perfeição. Alguns ensinaram que Paulo está falando aqui da "carne santa", o estágio de santificação em que o crente é completamente santificado; ele não tem mais pecado. É o estágio em que o cristão é completamente santo, perfeito, sem pecado, morto para o pecado. Isso aqui não é o que está sendo dito, e não é uma realidade dos cristãos.

Morrer para o pecado é algo que não está no presente e não está no futuro. Pelo contrário, temos aqui algo que se realizou no tempo passado, como indica o aoristo do original grego.Aoristo no grego é um tempo verbal, em que aquilo que aconteceu no passado está terminado e não se repete a segunda vez. Significa que a coisa que se consumou no passado está completamente consumada. Isso, portanto, não é um processo, isso já ocorreu uma vez por todas, isso não se repete.

Mas o que significa então "morrer para o pecado"? Você sente que já morreu para o pecado? Não, você não sente que morreu para o pecado. Portanto, não está falando da natureza pecaminosa, está falando de outra coisa; não quer dizer que nós não temos mais tendências para o mal. O que é que significa, então?

Morrer para o pecado significa morrer para o reino do pecado. Vamos provar isso pelo contexto. Rom. 5:21 diz que o pecado "reinou pela morte." Aqui está o reino do pecado. Em 5:14 nós lemos sobre o reino da morte. Mas no versículo 21 nós lemos sobre o reino do pecado. O pecado tem um reino. Todos os que estão unidos a Adão pelo antigo nascimento, vivem no reino do pecado. Aqueles que estão unidos a Jesus Cristo pelo novo nascimento não pertencem mais ao reino do pecado; eles já morreram para o pecado e não fazem mais parte do seu reino.

Em Col. 1:13, Paulo disse: "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor." E Cristo disse em S. João 5:24: Quem crê em Mim "tem a vida eterna, não entra em condenação, mas passou da morte para a vida." Nós estávamos no reino do pecado e da morte; então, nós cremos em Jesus Cristo e fomos transportados para o Seu reino de justiça. Portanto, agora nós morremos para o pecado, fomos mortos para o seu reino. Nós não somos mais pertencentes ao pecado, porque não estamos mais no grande domínio do reino do pecado.

Mas alguém poderia dizer: "– Pregador, eu ainda estou neste mundo de pecado, o pecado reina em toda a parte, e eu sinto que no meu próprio corpo o pecado está dentro e reina. Como é que eu posso dizer que estou morto para o pecado e o seu reino, como posso dizer que já fui transportado para um reino de luz e de justiça e de verdade, se eu ainda estou neste mundo cheio de pecado e trevas? Como posso dizer isso?".

Você deve considerar agora o aspecto judicial. Rom. 5:1-11 apresenta o aspecto experimental. E então do verso 12 (5:12-6:11) ele apresenta o aspecto judicial. O que quer dizer isso? Isso quer dizer uma declaração do Juiz, é uma garantia de Deus. Ele já nos considera dentro do Seu reino espiritual, o reino da graça. Ele já nos considera mortos para o reino do pecado.

Isso não é experimental, não aconteceu ainda o aspecto experimental, nós não somos mortos para o pecado experimentalmente. Na experiência - nós ainda não morremos para o pecado, porque nós ainda não somos perfeitos. Se nós fôssemos santos, se nós fôssemos perfeitos, sem nenhum egoísmo, sem nenhum orgulho, então nós poderíamos dizer que estamos mortos experimentalmente para o reino do pecado. Mas a realidade é esta: estamos mortos para o pecado, apenas judicialmente. A morte definitiva para o pecado ocorrerá na Segunda Vinda de Jesus, quando o nosso corpo mortal será revestido de imortalidade.

Mas Paulo apresenta a seguir a impossibilidade de viver no pecado: "Como viveremos ainda no pecado?" Paulo entra agora no aspecto experimental, que era a dúvida dos seus oponentes. Se estamos mortos para o reino do pecado, judicialmente, como viveremos no pecado experimentalmente? É impossível, diz ele, vivermos ainda no pecado! O que significa isso? 1) Isso não significa vida sem pecado, porque o cristão ainda peca. Ele peca ocasionalmente, mas ainda peca. 2) Isso não significa perfeição. O cristão ainda não é perfeito, apenas relativamente.

Paulo quer dizer aqui: Como nós viveremos na prática continuada do pecado? Como nós ainda habitaremos com o pecado, como nós permaneceremos no pecado? O pecado antes do batismo era praticado habitualmente; agora, o cristão se livrou do pecado habitual, porque ele está morto para o reino do pecado.

Mas quais são as provas de que você está morto para o pecado? Rom. 6:3 e 4: "Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na Sua morte? Fomos, pois, sepultados com Ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida."

Aqui estão as provas. Primeira prova: Pelo batismo nós fomos batizados na Sua morte, imersos na morte de Cristo. Segunda prova: Pelo batismo nós fomos sepultados com Ele na morte. Terceira prova: Pelo batismo fomos ressuscitados com Ele.

E consequentemente, qual é a conclusão? Onde estão as provas de que nós estamos mortos para o pecado? No batismo. O batismo concreta essas provas. Uma pessoa que foi morta e depois sepultada está provado que está morta realmente. Mas se ela foi morta, sepultada e depois de sepultada foi ressuscitada, ainda se prova, pela 3ª evidência, que realmente ela está morta, completamente morta, morreu de fato.

O que aconteceu no batismo? Qual a nossa nova relação com Cristo? Rom. 6:5: "Se fomos unidos com Ele na semelhança da Sua morte, certamente o seremos também na semelhança da Sua ressurreição." Observem esta expressão, que amplia o significado do batismo. O que aconteceu no batismo? Nós fomos unidos com Ele, na morte e na ressurreição. Então, Paulo está agora enfatizando a nossa união com Jesus Cristo na Sua morte. Se Ele morreu, então nós que estávamos unidos a Ele, morremos também.

II – O VELHO HOMEM

Mas qual é a base de nossa certeza? O que é que nós sabemos? Rom. 6:6: "Sabendo isto: que foi crucificado com Ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos". Há neste versículo 6 uma tremenda controvérsia entre os teólogos.

O que significa o velho homem? "Velho homem" – dizem alguns – "significa a natureza pecaminosa". Nós temos uma natureza pecaminosa, temos tendências para o pecado e isso significa o nosso velho homem, e quando nós fomos batizados, deixamos lá a natureza pecaminosa." Outros dizem: "Isso significa o eu não regenerado." Mas nem o "eu não regenerado", nem a natureza pecaminosa, foram crucificados. Pelo contrário, o nosso eu é forte, e muitas vezes quer sobressair; de fato, ele não foi crucificado, definitivamente, como indica o original grego para a crucifixão do "velho homem".

Outras pessoas dizem que isso significa o mesmo que corpo do pecado. Isso é ilógico. Paulo não está frisando sinônimos; são expressões diferentes. Realmente ele está significando outra coisa aqui.

O que significa, então? Nós temos que recorrer ao contexto, como de costume. O que é que diz o contexto? O capítulo 6 está enraizado no capítulo 5. O capítulo 5 fala de dois Homens: o Velho Homem e o Novo Homem. Quem é o Velho Homem mencionado no capitulo 5:12,14? Adão. Adão é o Velho Homem. Adão em nós é o "nosso velho homem". Todos trazemos Adão dentro de nós. Esta é a nossa maior dificuldade.

Mas quando nós morremos para o pecado em Cristo, Adão foi crucificado judicialmente; o Velho Homem, Adão em nós morreu. Não temos, portanto, mais aquela ligação com ele. Adão em nós morreu, não temos mais nada com Adão, fomos desligados, cortados, separados, desunidos de Adão. Mas qual é o grande contraste apresentado no verso 5? Estamos unidos a Jesus. Portanto, o verso 5 diz: Nós fomos unidos a Jesus Cristo. E o verso 6 diz: Nós fomos separados de Adão.

III - O CORPO DO PECADO

1) Alguns dizem que isso significa a nossa natureza pecaminosa. Alguns dizem, aliás, que o "velho homem" é a mesma coisa que o "corpo do pecado", e, se o velho homem, segundo eles, significa a natureza pecaminosa, então as duas expressões (velho homem e corpo do pecado) são a mesma coisa; então o corpo do pecado também é a natureza pecaminosa.

Entretanto, o "corpo do pecado" não pode ser a natureza pecaminosa porque ela não foi destruída. Você sente que a sua natureza pecaminosa foi destruída? Você sente que tem "carne santa"? Não, isso não faz parte de nossa experiência cristã.

O apóstolo Paulo não está falando de santificação, ele está falando de justificação. Isso é diferente. Justificação é um ato judicial; santificação é um ato experimental, é algo que se experimenta na vida, na experiência diária. E na experiência diária nós sabemos que a natureza pecaminosa não foi destruída.

2) Não seria este corpo do pecado nosso corpo físico? Não pode ser também. Por quê? Primeiro: O corpo físico jamais foi destruído. Esta é a conclusão mais evidente que temos. Segundo: O corpo físico de si mesmo é moralmente neutro. Quer dizer, não há literalmente um "corpo do pecado", um corpo que seja pecaminoso em si mesmo. O que existe de pecaminoso é uma tendência para o mal. A tendência é pecaminosa, mas o corpo em si não é pecaminoso. O nosso corpo não pode ser chamado "corpo do pecado" porque o corpo é moralmente neutro. O pecado se instala quando há consciência, e então a consciência consente com o pecado, e há um processo em que toda a personalidade aceita o pecado; mas o corpo em si é neutro moralmente.

Em 3º lugar eu diria que o "corpo do pecado" não pode ser o corpo físico, porque o corpo do pecado não é nosso. Enquanto se diz (Rom. 6:6) que o velho homem é nosso ("nosso velho homem"), não se diz que o "corpo do pecado" seja nosso. O corpo do pecado pertence a outro.

Portanto, a pergunta seguinte é esta: a quem pertence o corpo do pecado e o que significa isso? Em Romanos 12:5, nós temos a chave para entender esta passagem. Aqui temos a palavra "corpo" usada figurativamente. "... assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo, e membros uns dos outros."

O que ele está dizendo é que os crentes são um só Corpo em Cristo; os descrentes – note a analogia – os dscrentes são um só Corpo em Adão. O corpo místico de Cristo é este formado pelos cristãos. Quer dizer, todos os cristãos, membros uns dos outros, formam o Corpo de Cristo. No entanto, como os membros da nova Humanidade em Cristo são um Corpo, assim também todos os membros da velha Humanidade em Adão são o seu Corpo, o corpo místico de Adão, ou seja, o "corpo do pecado", ou "corpo da carne" (Col. 2:11) contrastado com o Corpo do Espírito (1Cor. 12:13), que é também o Corpo de Cristo.

Então, nós temos um corpo de justiça, que é o corpo de cristãos; e temos, em contraste, um corpo de injustiça ou o corpo do pecado, que é toda a humanidade em Adão, ou todos os pecadores em Adão. Se há um corpo místico de Cristo, formado pelos cristãos, há um corpo místico de Adão, formado pelos ímpios. Portanto, este é o entendimento: o corpo do pecado é o corpo místico de Adão, e consiste na velha Humanidade.

Agora nós podemos entender um pouco mais este verso (Rom.6:6). O "nosso velho homem" éAdão em nós; o "corpo do pecado" somos nós em Adão. O verso 5 nos fala de nossa união com Jesus Cristo, nós fomos "plantados nEle", como diz outra versão, "enxertados" em Cristo. É como a videira e os ramos: Cristo em nós e nós em Cristo. A recíproca também é verdadeira: antes do batismo, a realidade era: Adão em nós e nós em Adão.

Enquanto o verso 5 nos fala de nossa união com Cristo, o verso 6 nos fala de nossa desunião, de nosso desligamento de Adão. Ou seja, crucificando Adão em nós, destrói-se o Corpo místico de Adão, o "corpo do pecado". De modo que temos aí um completo desligamento. Fomos desligados de nossa união de Adão para que pudéssemos nos unir ao 2º Adão, Cristo.

Se nós podemos destruir a parte, nós podemos destruir o todo. Crucificando-se Adão em nós, a parte – (o nosso velho homem) – destrói-se automaticamente o corpo do pecado (de Adão), que é o todo, a velha Humanidade. O corpo do pecado, o corpo místico de Adão, todos os que formam o corpo de Adão, isso foi destruído através da cruz do Calvário. Isso significa uma destruição por crucifixão.

Eu espero que isto seja entendido pelo menos em parte. Realmente este é um assunto complexo e difícil, porque é algo exclusivo do apóstolo, um dos seus "paulinismos".

Qual o objetivo de tudo isso? Na cruz do Calvário o "velho homem", Adão em nós foi crucificado, a fim de que o "corpo do pecado", o corpo místico de Adão fosse destruído, para que nós não mais fôssemos "escravos do pecado". Isso é o que diz Rom. 6:6 (ú.p.): "e não sirvamos o pecado como escravos." O original grego diz: "e não mais sejamos escravos do pecado." Isso é judicial, isso ainda é por decreto de Deus. Não é experimental. A experiência vem depois.

O que Paulo diz aqui é que isso não é uma admoestação; isso é algo que aconteceu por uma declaração de Deus. Através desta obra de desligar-se de Adão, completo desligamento de Adão e completa união em Cristo, nós estamos agora livres, libertos do pecado. Isso é Justificação pela fé.

Mas qual é a prova de que estamos justificados? V. 7: "porquanto quem morreu está justificado do pecado." Observe que até aqui Paulo provou que você está morto para o pecado, completamente morto para o reino do pecado. E quem morreu está justificado. Paulo não está falando de santificação, ele está falando de justificação. Quem morreu está justificado. Se nós já morremos para o pecado, para o reino do pecado, então nós já estamos livres, estamos justificados.

Agora, qual é a conclusão? Paulo afirma de modo ímpar, a nossa certeza de vida, baseado no fato da nossa morte com Cristo. Ele está dizendo que isso aqui é certo, isso é absoluto: Nós já morremos com Cristo; portanto, cremos que viveremos com Ele. Assim, nós realmente estamos mortos para o pecado.

IV – APLICAÇÃO PRÁTICA

E então, Paulo faz um apelo, no: V. 11: "Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus". Isto é algo mental: você age com a sua mente. Considere este fato judicial como uma verdade bendita, que é a própria base da vida espiritual. Nós já morremos com Cristo para o pecado. Isso é certo, isso é seguro. Nós fomos batizados e lá nós significamos a nossa completa união com Cristo. Portanto, agora, estamos vivos em Cristo, ressuscitamos com Ele.

Se você está realmente morto, considere-se assim mesmo. O cristão deve se considerar não "como se fosse", mas como realmente ele é: morto para o pecado. Norman Vincent Peale que escreveu sobre o pensamento positivo, nos seus livros, ele sugere o seguinte: "Considere-se "como se" você fosse bom: mantenha no seu pensamento que você é bom, "como se" você fosse bom."

Não é isso o que o apóstolo Paulo está dizendo aqui. Por isso, há tanto conflito em certas pessoas que lêem esses livros, porque eles sabem que não são bons; e eles estão experimentando viver como se fossem; porém, eles dizem: "Mas eu não sou." Portanto, há um conflito estabelecido.

Mas o que o apóstolo Paulo diz é uma certeza. Ele diz: "–Vós estais mortos para o pecado, isso é uma realidade judicialmente; portanto, vocês devem considerar isso não como uma possibilidade, mas como uma realidade, como um fato, como algo concreto. Vocês estão realmente mortos para o pecado."

Portanto, qual é a próxima aplicação experimental? V. 12: "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal." Se antes vimos um apelo mental, agora, vemos a prática em nosso corpo. Notemos que até o verso 11, tudo o que foi escrito é judicial. Mas os versos 12 e 13 tem uma aplicação prática, porque a aplicação experimental sempre está baseada no ensino da doutrina judicial. Por isso, é importante você entender o aspecto judicial, porque você viverá em consonância com aquilo que você entendeu do aspecto judicial. Se você não entende a doutrina, você não tem como praticá-la.

Por isso que há tanto conflito na igreja, há tantos problemas e há tantas pessoas dizendo: "Ah, eu ainda não crucifiquei o meu velho homem!" Mas a Bíblia diz que ele já foi crucificado; entretanto, essas pessoas estão tentando fazer algo que Cristo já fez na Cruz do Calvário. E então elas entram num conflito, e realmente não sabem como resolver os problemas íntimos de sua alma. Mas no momento em que você entender o seu novo "status" judicialmente, você terá mais poder em sua a vida cristã. O cristão é um homem que é morto para o pecado, mas é vivo para Deus. O cristão é um morto-vivo; o ímpio é um vivo-morto. O ímpio é um vivo que está morto; o cristão é um morto que está vivo.

Mas como pode Paulo apelar para que não reine o pecado em nosso corpo mortal, se ele até aqui afirmou que nós estamos mortos para o reino do pecado? Como poderia reinar o pecado, se nós já fomos mortos para o reino do pecado? O que é que significa isso? Paulo está dizendo: Seja na prática aquilo que você já é na doutrina; viva experimentalmente aquilo que você é judicialmente. A minha pergunta é esta: Se nós fomos libertos judicialmente, como deveremos viver experimentalmente? Se Deus já declarou que nós estamos mortos para o pecado, então como é que nós vamos viver esse fato na experiência?

Paulo nesse ponto introduz o grande tema da santificação. Ele faz uma aplicação daquilo que ele estava dizendo até agora, tornando o assunto experimental. Naturalmente, ele faz um apelo dramático, um apelo veemente: Como poderemos viver no pecado (experimentalmente), se nós já fomos declarados mortos para o pecado (legalmente)?

Aqui está um apelo do apóstolo Paulo em torno disso. O que ocorre em nossa vida quando nós descobrimos que estamos livres? O que ocorre naturalmente, na vida de uma pessoa quando ela foi justificada? Como é que uma pessoa justificada vai viver? Uma pessoa justificada vai viver em santificação. O que é que acontece quando uma pessoa justificada entende, compreende que ela está livre do pecado? É natural que ela agora viva como ela realmente é.

O que o apóstolo Paulo está dizendo, portanto, é o seguinte: Viva experimentalmente aquilo que você é judicialmente. Assim como o Juiz de toda a Terra decretou que você é: viva exatamente assim. Embora judicialmente nós estejamos mortos para o pecado, nosso corpo ainda tem paixões. E aqui está, portanto, introduzido pela 1ª vez o fato de que nós temos a natureza pecaminosa. Então, legalmente nós estamos livres; mas, como estamos experimentalmente?

Legalmente toda a humanidade está livre. A 13 de maio de 1888 foi declarada a Abolição da Escravatura no Brasil. Foi através da Lei Áurea, que a liberdade total finalmente foi alcançada pelos escravos em nosso país. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil. Todos estavam livres, mas nem todos se apropriaram desse benefício judicial. Pela cruz do Calvário, todos os pecadores estão livres, judicialmente. Pela cruz do Calvário, todos os homens deste mundo estão livres. Foi declarada a sua libertação judicial.

Mas como será experimentalmente? Experimentalmente, depende de nossa aceitação do que foi decidido por Deus em Seu decreto judicial. Então, o que devemos fazer para obter o benefício? Disse o apóstolo Paulo: "Oferecei-vos a Deus" (v. 13). Este é o segredo da santificação. Os vossos membros que antes vocês ofereciam para as práticas pecaminosas, ofereçam agora para Deus para serem instrumentos de justiça e não instrumentos de iniqüidade. Portanto, devemos nos oferecer a Deus: os membros do nosso corpo, a mente, as faculdades físicas, mentais e espirituais devemos nós entregar a Deus.

A escritora Ellen White no livro Caminho a Cristo, à página 70, afirma: "Consagre-se a Deus pela manhã;" – oferecei-vos a Deus. "Faça disso sua primeira atividade. E ore: "Toma-me, Senhor, para ser Teu inteiramente. Aos Teus pés deponho todos os meus projetos. Usa-me hoje em Teu serviço. Permanece comigo, e permite que toda a minha obra se faça em Ti." "

Sua oração de consagração deve ser diária: "Ó Deus, toma os meus recursos, toma os meus membros. Faze de mim um instrumento de amor!" Já dizia S. Francisco de Assis: "Faze de mim também um instrumento da Tua paz; Onde haja ódio que eu ponha ali o amor; onde haja tristeza, que eu seja um instrumento da Tua alegria."

"Cada dia oferecei-vos a Deus". Disse E.G.White: "Esta é uma questão diária. Cada manhã consagre-se a Deus para esse dia. Peça-Lhe que examine todos os seus planos, para que eles sejam levados avante ou não, conforme a indicação da Sua providência. Assim, dia a dia poderá entregar nas mãos de Deus a sua vida, e ela se tornará cada vez mais semelhante ao modelo de Jesus."

Quando você entrega a sua vontade, quando você entrega os seus pensamentos, as suas afeições, as suas emoções, os seus sentimentos para Deus, os seus pensamentos levando-os em obediência a Jesus Cristo, quando você faz isso, quando você se oferece para Deus, então acontece uma transformação na sua experiência e na sua vida cristã. E então aquilo que é judicial se tornará experimental. E aquela vida maravilhosa de pessoas mortas para o pecado e vivas para Deus será uma realidade na sua experiência diária.

No v.19, Paulo completa: "Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza, e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação." O que é natural depois da justificação? O que é natural quando nós somos perdoados? É a santificação. Quando nós somos libertos do pecado é evidente, é natural vivermos como pessoas livres. De fato, o resultado da justificação é "a santificação, e por fim, a vida eterna" (6:22). Portanto, o apóstolo Paulo prova por esse modo a sua proposição: "Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?" (6:1).

Certa vez um jovem inglês esteve passeando pelo mercado de escravos no Cairo, do Egito. Então viu um moço que estava sendo vendido. Viu que era um jovem inteligente, com uma boa disposição, músculos fortes, um jovem na sua maior força física. E ele gostou daquele jovem, se apegou a aquele jovem. E então fez um lance, outro lance, e fez o maior lance a fim de poder comprá-lo, e gastou com isso todas as economias da sua vida.

Então quando o escravo olhou para seu novo dono, o desprezou e disse: "Ele vem de uma terra de liberdade, mas aqui ele quer ganhar dinheiro. A primeira oportunidade que eu tiver, eu vou lhe encravar um punhal nas suas costas." Então o novo dono o chamou fora da vista da multidão, e disse: "Moço, eu me compadeci de você. Agora você é livre. Eu comprei a sua liberdade, e agora você é livre. Pode ir. Você pode ir aonde quiser. Você está livre. Você é tão livre quanto eu."

O jovem ficou surpreso e admirado. O jovem, antes escravo, não podia compreender aquilo, não podia imaginar aquilo, e quando compreendeu que ele havia julgado mal o seu senhor, havia julgado mal aquele que comprara a sua liberdade, ele disse: "Meu senhor, eu agora desejo viver e servi-lo para sempre."

Quando nós descobrimos que somos livres do pecado, que Jesus Cristo pagou um preço tão alto para comprar a nossa libertação, quando nós entendemos pelo menos um pouco do que significa aquele sangue derramado para me libertar, então quando nós compreendemos isso, então nos oferecemos a Deus, e nós nos entregamos, dizendo: "– Senhor, faze de mim um instrumento da Tua justiça. Senhor, eu quero me consagrar inteiramente a Deus."

Prezados irmãos, entreguemo-nos ao Senhor. "Oferecei-vos a Deus".